Quando se cobrem as imagens: No início da Quaresma, da Semana Santa, ou no Domingo de Ramos?
Cobrir as imagens de santos e outros ícones sacros durante a quaresma é fundamentado na angústia e sofrimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, levando os fiéis a uma reflexão profunda, ao contemplar estes objetos sagrados cobertos, simbolizando tristeza, dor e penitência.
A tradição de cobrir os santos é muito antiga. Para entendê-la é preciso primeiro entender o que significam as imagens dos santos numa Igreja.
Do ponto de vista espiritual, o costume da velatio (velar) foi interpretado como sinal da penitência à qual todos os fiéis são chamados como sinal da antecipação do luto da Igreja pela morte do seu Esposo e da humilhação de Cristo, que teve de esconder-se para escapar da ameaça de morte, (Jo 8,59).
O motivo principal para a orientação de COBRIR AS IMAGENS NAS IGREJAS, COM VÉUS ROXOS, é para que os fiéis não “se distraiam” com os Santos e que a sua piedade esteja baseada no Mistério Pascal de Cristo, ou seja, na Sua Paixão, Morte e Ressurreição.
Quando cobrimos os santos na quaresma e, sobretudo na Semana Santa, estamos querendo sinalizar que, antes deles viverem o mistério da glória com Cristo, passaram pelo mistério da dor, dos sofrimentos e da morte de Jesus. Os santos não são cobertos como sinal de desgosto, mas sim como sinal de “solidariedade” e união profunda à Paixão e Morte do Senhor.
As imagens são cobertas no 5° Domingo quaresmal e são descobertas no domingo de Páscoa. (cf. Missal Romano atual (edição do altar), p. 206 ou 211.
